Yacapá
Yacapá
Na aldeia dos mortos
Criaturas estranhas vagueiam
Na penumbra da noite
Sobre o agouro da fera animal
Ulaikimpia
Na aldeia da vida onde a morte em prantos saliva
Devorando as almas no elo perdido sobrenatural
Os céus começaram a se abrir
Ao portal de Ulaikimpia
Desespero, pavor agonia a temida Ulaikimpia
Cantos ressoam no céu kamú ho ho ho
Nas terras de kuamati
Convocando o xamã, demiurgo xamã, presciente xamã Yakapá
É a batalha, é o juízo final
Contra o pássaro bicéfalo abismal
É a vida, é a morte, é o bem contra o mal
Ressucitam-se espíritos para a batalha travar
Niewekos!
Yacapá
Yacapá
Ulaykimpia há há
Yacapá
Yacapá
Ulaykimpia há há
Flechas de fogo é fogo é fogo
Zabaratanas que cortam o ar
Com a revoada de andirás, andirás
No dorso do morcego branco o grande xamã
Domina a fera animal
Ulaykimpia
Para o céu não desabar sob a terra
E a paz emergir nova era
Yacapá
Yacapá
Ulaykimpia há há
Yacapá
Yacapá
Ulaykimpia há há
Ritual Mehinakú transcendental
O mistério da aldeia sobrenatural